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Patrimônio Imaterial / Aspectos

RENDEIRAS DE BILRO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Área de abrangência: Bom Jesus do Itabapoana, Cabo Frio, Campos, Itaperuna, Laje do Muriaé, Porciúncula, São Gonçalo, São João da Barra, Saquarema, Valença.

Data: 1977

A renda de bilros é, sem dúvida, uma das mais antigas e mais ricas manifestações da arte do povo. É feita quase sempre por mulheres de condição humilde, que ainda se dedicam ao trocar de bilros por verdadeira devoção, pois é tarefa que rende muito pouco, cada vez menos.

Não vai longe o tempo em que fazer renda era atividade principal exercida pelas mulheres em algumas regiões litorâneas. Todas sabiam fazer renda. A mulher aprendia esse ofício para ajudar nas despesas da casa. Hoje, esse artesanato caminha para o desaparecimento. As moças preferem atividades mais lucrativas no comércio, na indústria ou como empregadas domésticas. E, ainda mais, a renda de bilro vem perdendo o mercado para as rendas industrializadas, mais baratas e fáceis de serem encontradas.

Entre os apetrechos utilizados pelas rendeiras se destacam a almofada e os bilros. A almofada pode ser um travesseiro gordo, colocado sobre o colo, ou pode estar costurada em um cavalete de madeira, para dar altura de trabalho. Já os bilros são os instrumentos usados para guiar a linha, trocar laçadas, executar os pontos.

Sentadas diante das almofadas, as rendeiras se entregam ao repetido movimento dos bilros como a lembrar o tempo em que eram jovens, mais alegres, em que sua renda era procurada. "Bons tempos", que se refletem no manuseio carinhoso dos bilros. Enquanto viverem, a renda continuará a fluir.

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