INEPAC NA RESISTÊNCIA CONTRA O APAGAMENTO DA MEMÓRIA AFRO-BRASILEIRA

Exposição“Cartografia da Africanidade Fluminense”“Lugares – Expressões – Saberes – Celebrações”

Será realizada na Casa França Brasil em novembro com abertura no dia 05/11 e encerramento dia 20/11, neste mês consagrado à Consciência Negra. Composta por aproximadamente 500 itens, entre mapas, plantas cartográficas, vasta iconografia, arte africana antiga, arte sacra, equipamentos, objetos de uso pessoal, ferramentas de trabalho e instrumentos de suplício, a exposição retratará as contribuições dos povos africanos para a formação do Brasil, ressaltando o esplendor multicultural que deles derivam, mas também focando a característica impositiva dessa presença, totalmente derivada do trabalho escravo e da ignomínia conhecida como Comércio Atlântico.

O tombamento provisório do Sítio Arqueológico Cais do Valongo é resultante dos estudos que o Inepac desenvolveu e desenvolve no campo da cultura Afro-brasileira. O Inepac tombou a Pedra do Sal (1984/87) na região do Valongo e o Terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá – ou Ilé Às̩ẹ Òpó Àfònjá, na língua Yorubá, que também nasceu na Pedra do Sal (hoje está localizado em São João de Meriti).

Visamos com o tombamento do Sítio Arqueológico Cais do Valongo ampliar a preservação do Sítio, que é reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial, mas não foi tombado nem pelo Iphan e nem pelo IRPH. O considerado maior símbolo da memória da escravidão, o maior porto de desembarque de escravos negros ainda existente, não está totalmente protegido, até porque o título da Unesco pode ser retirado. O tombamento do Inepac lhe dará total segurança.

Não permitir o apagamento dessa memória afro-brasileira é o objetivo do Inepac.