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SOCIEDADE BRASILEIRA DE BELAS-ARTES

16/05/2014 | Notícias
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Crédito:
Legenda: Prédio da SBBA em fase de restauração

Sociedade Brasileira de Belas-Artes

Localizado na Rua do Lavradio nº 84, na confluência da Rua da Relação com a Avenida Chile, na Lapa, o Solar do Marquês do Lavradio foi construído em 1777, a mando do 3º Vice-Rei do Brasil Colônia, segundo Marquês do Lavradio, durante a transferência da Capital de Salvador para o Rio de Janeiro. O prédio abrigou diversos órgãos como o Tribunal da Relação, em 1808, o Tribunal do Desembargo, em 1812, o Tribunal da Relação e Senado Federal, em 1831, o Tribunal de Justiça, em 1833. Em 1838, o bem passou a ser um próprio Nacional. Mais tarde foi ocupado por outros órgãos estaduais como o Instituto Felix Pacheco e o Departamento de Ordem Política e Social da Polícia Estadual. Originalmente uma construção em estilo colonial, o solar adquiriu sua atual composição eclética, segundo o Arquivo Geral do Município do Rio de Janeiro, em reforma efetuada em 1894 por autor não identificado. Em 23 de outubro de 1967, o prédio foi cedido à Sociedade Brasileira de Belas Artes – SBBA, através da Lei nº 1.477, promulgada pela Assembléia Legislativa do extinto Estado da Guanabara. O imóvel e 32 obras de arte são tombados pelo Inepac pelo Processo nº E-18/300.029/84, em 19/06/1985. O processo de restauração teve início em 2001 quando a SBBA solicitou ao Instituto Estadual do Patrimônio Cultural – Inepac – autorização para instalação de grades nas janelas do prédio tombado, considerando a vulnerabilidade do acervo de obras de arte nele existente. O Inepac ponderou sobre a necessidade de elaboração de um projeto global de recuperação do prédio em questão. No ano seguinte foi firmado um “Acordo de Cooperação Técnica” entre a Universidade Federal Fluminense – UFF e a SBBA, com a interveniência do Inepac, visando à realização dos levantamentos histórico-arquitetônicos e do diagnóstico do estado de conservação do mesmo. A SBBA contratou estagiários para o cumprimento de um plano de trabalho estabelecido pela UFF, como parte de um programa de extensão universitária, que resultou na produção de quatro exemplares do livro denominado “Projeto de Restauração do Solar do Marquês do Lavradio”, de 2004, tendo sido um deles encaminhado para a Secretaria de Patrimônio da União – SPU, já que o prédio é um próprio da União. Finalmente, em 2009, foi viabilizado o recurso necessário ao início das obras de recuperação da sede da SBBA, através da assinatura de um “Termo de Compromisso” entre o Governo do Estado do Rio de Janeiro – Secretaria de Estado de Cultura – Inepac, e a empresa WTorre RJC Patrimonial Ltda. visando a preservação das características arquitetônicas do bem tombado, incluindo as 32 obras de arte pertencentes ao seu acervo. As obras civis foram iniciadas em 2010 pela cobertura e, nessa ocasião, foi contratado e desenvolvido pelo escritório Astorga Consultoria, Planejamento e Gerenciamento Ltda. o “Projeto Executivo das Obras de Restauração do Prédio da SBBA”. A 1ª Fase das obras, que se estendeu até 2012, contemplou a recuperação dos telhados com seu grupo escultórico em ferro fundido, a restauração das fachadas externas e internas com suas esquadrias, incluindo a colocação de gradis de proteção das janelas no pavimento térreo, a demolição interna de acréscimos espúrios construídos ao longo dos anos, e o início da modernização das instalações prediais (elétrica, hidráulica, sanitária, telefonia). Para a 2ª Fase, iniciada em abril de 2013, estão sendo executados os trabalhos de recuperação e adaptação dos espaços internos da sede da SBBA. Foram feitos reforços estruturais nos pisos dos grandes salões superiores e da escadaria principal, modernização dos banheiros, instalação de elevador para acessibilidade ao pavimento superior, recuperação de pintura decorativa encontrada na parede do grande salão, além da finalização das instalações prediais iniciadas na etapa anterior das obras civis. A conclusão das obras de restauração do prédio está prevista para o primeiro trimestre de 2014. O recurso disponibilizado inicialmente pela WTorre RJC Patrimonial Ltda., de R$ 3.000.000 (três milhões de reais), não foi suficiente para a conclusão dos serviços, estima-se que a recuperação total do prédio tombado irá consumir cerca de R$ 6.000.000 (seis milhões de reais).

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