A galeota é uma embarcação a remos com um pequeno camarim na popa. A chamada galeota de d. João VI foi construída na Bahia e doada pelo conde da Ponte, João Saldanha da Gama ao, então, príncipe d. João. Era originalmente servida por vinte e três remadores. Mais tarde as armas reais foram substituídas pelas armas imperiais, e o número de bancos foi aumentado para mais de 60 remadores. Passou a chamar-se, então, Galeota Imperial. Ornada externamente com dragões e outros motivos decorativos tardo-barrocos e internamente decorada com assentos estofados e cortinas, a galeota fez o transporte dos monarcas brasileiros e visitantes ilustres em deslocamentos dentro da baía de Guanabara. Ela levou d. João VI ao navio quando de seu regresso para Portugal, desembarcou a segunda e terceira imperatrizes do Brasil, d. Amélia e d. Tereza Cristina. Serviu no translado dos restos mortais de José Bonifácio. Mesmo depois de instalada a República, a galeota continuou a ser usada na recepção a personalidades ilustres, como o cardeal Arcoverde e o rei Alberto da Bélgica até o ano de 1920. Está em exposição permanente no Centro Cultural da Marinha.