No ano de 1909, foi inaugurado o Cinematógrafo Soberano na rua da Carioca, em prédio pertencente à Ordem Terceira da Penitência. Pequeno, com acomodações para cerca de duzentas pessoas, dividia-se em 1ª e 2ª classe, separadas por grade de ferro. Tinha espaço para abrigar duas orquestras, uma no interior da sala de projeção e outra na sala de espera, tocando para distrair os freqüentadores e prevenir tumulto, em caso de atraso. Com a crise na indústria cinematográfica em 1914, o proprietário João Cruz Jr. foi forçado a transformá-lo num teatro de variedades, o Vitória, que apresentava tanto companhias famosas quanto seriados, atraindo um público fiel que incluía Rui Barbosa. Cinco anos depois, o prédio foi ampliado. Ganhou um terceiro andar e ornamentação art nouveau de que se destacam os trabalhos em ferro da escadaria, da bilheteria e da marquise. Entrou em decadência a partir dos anos 30. Hoje em dia funciona precariamente.