A história da rua da Carioca remonta ao ano de 1697, quando era um caminho ao pé do morro de Santo Antônio, que atravessava o “areal”. As casas ficavam do lado direito (lado par), de frente para a cerca do convento. Em 1741, o convento cedeu uma faixa de terra do morro para a Ordem Terceira construir seu hospital, na esquina do largo da Carioca. As primeiras casas junto do morro foram construídas por um índio apelidado “piolho”, que deu o primeiro nome à rua. Em 1848, recebeu a atual denominação porque ficava no caminho para o Chafariz da Carioca. Nas reformas de Pereira Passos, no início do século XX, o Hospital da Ordem Terceira foi demolido para alargar a rua. Esse fato marcou sua nova fisionomia. Do lado ímpar há um conjunto de edifícios neoclássicos do tempo do segundo reinado e, do lado par, de arquitetura eclética. Destacam-se a belíssima estrutura art nouveau do Cinema Íris, o Cinema Ideal – com sua cúpula metálica, que se abria mecanicamente durante as sessões – e o Bar Luiz, restaurante centenário de grande tradição na vida carioca.
Lado par: 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16*, 18**, 20, 24, 26, 28, 30, 32, 34, 36, 38, 40, 42, 44, 46/48, 50, 52, 54, 56, 58/60, 62, 66, 70, 72, 78.
Lado ímpar: 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, 19, 21/23, 25, 27, 29, 31, 33, 35, 37, 39, 41, 43, 45, 47, 49/51, 53, 55, 57, 61, 77, 81, 83, 85, 87.
Sendo: 41 - terreno baldio, 58/60 - Foi desapropriado e virou rua das Flores; 49/51 - Cinema Irís (tombamento isolado); 87 - Terreno baldio.
*O prédio da esquina ao lado do imóvel da rua da Carioca nº 16, corresponde à edificação da rua Ramalho Ortigão, nº 6, incluído no tombamento.
**O prédio da esquina da rua da Carioca nº 18, com a rua Ramalho Ortigão, nº 9, onde funciona uma sapataria no térreo, corresponde à escola de música Villa-Lobos, que funciona em parte do térreo, e nos dois pavimentos superiores.
Tombamento Provisório: 04.07.1983