O coreto, com sua tipologia arquitetônica característica, é um dos traços culturais mais simpáticos no rosto das pequenas cidades do interior fluminense e dos subúrbios cariocas. Simboliza o prazer e os sentimentos populares das mais diversas maneiras: como palanque de campanhas políticas e cerimônias religiosas, como centro do carnaval carioca de subúrbio e espaço para solenidades cívicas, mas sempre, fundamentalmente, como lugar da retreta com sua pequena banda, seus dobrados, valsas, polcas e maxixes. Surgiu na época da adoção do espírito românticona concepção das praças, jardins e de seus equipamentos urbanos, destacando-se por seu aspecto pitoresco. Deve seus detalhes exóticos, muitas vezes, à importação de elementos fabricados em ferro em países como a Inglaterra, França, Bélgica e Alemanha.
O coreto de planta poligonal ergue-se sobre forte embasamento de três metros revestido em pedra, sobre o qual repousam colunas e guarda-corpos em ferro batido. A qualidade do trabalho executado, característico da arquitetura de ferro de inícios do século XX, pode ser percebida também na escada de acesso e nos elementos que compõem o beiral. Construído na gestão de Pereira Passos, na ocasião da urbanização do amplo Campo de São Cristóvão, o coreto se localiza em uma de suas extremidades tendo na sua vizinhança o moderno e monumental Pavilhão de Exposições.