Este tombamento pretende inaugurar um programa acalentado pelo Inepac, de Preservação dos Centros Históricos das Cidades Fluminenses, tendo por objetivo valorizá-los e salvaguardá-los da destruição, visando contribuir para a consolidação da identidade cultural do nosso Estado. Tendo como origem um aldeamento indígena no final do século XVIII, Valença encontrouseu apogeu no desenvolvimento da cultura do café, sendo elevada à categoria de cidade em 1857. Nesse período foram executadas importantes obras, como o chafariz na praça D. Pedro II, o cemitério da rua do Riachuelo, o Paço Municipal, a Cadeia, a Santa Casa da Misericórdia, a conclusão das igrejas de N. S. do Rosário e da Matriz de N. S. da Glória. Além de obras de iluminação pública, ajardinamento, calçamento, água encanada, a construção de um teatro e de numerosas residências. Após a abolição da escravatura e em função da concorrência do café cultivado no oeste paulista, toda a região do vale teve sua economia estagnada. Apenas com a instalação de fábricas no início do século XX, como a de Tiras e Bordados, de Tecidos Santa Rosa, a Fábrica Progresso e a implantação de um amplo sistema ferroviário, a economia de Valença retoma suas atividades, reforçadas ainda pela produção leiteira. Ao longo do século XX a cidade se expande, preservando elementos significativos de sua estrutura original, sobrepondo-se a antigos caminhos de viajantes que no passado desbravaram as serras. Generosas praças marcam, hoje, de forma peculiar a conformação urbana da cidade, com belos jardins de farta arborização, atribuídos a paisagistas renomados, como Auguste Françoise Marie Glaziou. Tudo isso emoldurado por uma paisagem natural de extrema beleza, composta pelas encostas da Serra dos Mascates. Os estudos de tombamento basearam-se no Inventário dos Bens Culturais Imóveis de Valença, elaborado pela Prefeitura Municipal de Valença, através da ação do Ministério Público Estadual.
Quatorze edificações isoladas
– Anexo do Instituto de Educação DeputadoLuiz Pinto, incluindo o terreno onde estáimplantado, na avenida Nilo Peçanha, nº 506;
– Museu Capitão Pitaluga (antiga sede da ChácaraVila Leonor), na rua Comendador AntônioJannuzzi, nº 415
– Bairro Belo Horizonte;
– Casarão nº 207 da rua Domingos Mariano;
– Cemitério do Riachuelo e Capela, localizadona esquina da rua Coronel João Rufino, nº 375com rua Coronel Cardoso;
– Antigo Colégio São José, incluindo os prédiosque o compõem, na rua Sargento VictorHugo, nº 161;
– Antiga Cia. Fiação e Tecidos Santa Rosa,atual Fábrica Santa Rosa, e o prédio do escritório,na rua Vitor Pentagna, nºs 105 e 175,respectivamente;
– Antigo Solar Nicolau Leon I, incluindo jardins,na rua Domingos Mariano, nºs 20 e 28;
– Antigo Solar Leandro Dupré, na ruaDomingos Mariano, nº 40;
– Cadeia Pública, na rua Dom André Arcoverde,nº 228;
– Primeira Escola de Valença, na rua Domingos Cosate, nºs 502 (1 ao 4), 504, 514 e 524;
– Primeira Santa Casa, na rua Domingos Cosate, nºs 294 e 306;
– Sede da Associação Balbina Fonseca e Capela, na rua Dom André Arcoverde, nº 123;
– Imóvel constituído pelos nºs 115/115-1, 161,169 e 175, localizado na esquina da rua Dom André Arcoverde com Domingos Cosate;
– Casa da Fundação Lea Pentagna, incluindo jardins, na rua Vito Pentagna, nº 213;
Tombamento Provisório: 01.12.2004