Exemplares da arquitetura rural fluminense vinculada à fase áurea do ciclo do café, essas fazendas compõem um rico acervo de informações da estrutura funcional, das maneiras de viver e produzir e das soluções programáticas materializadas nos complexos construídos, seja nos modelos mais simplificados ou nos requintados representantes desse importante e breve período econômico da históriado Vale do Paraíba fluminense.
Situada na margem direita do rio Muriaé, a fazenda se integra à paisagem circundante envolvida por mata nativa, com a sede implantada sobre platô em uma das vertentes do vale onde corre a cachoeira do valão de São Domingos. A casa-sede, de feição colonial, é térrea sobre porão apresentando na fachada principal ampla varanda arrematada na sextremidades por dois cômodos, sendo um deles a capela. Na década de 1870, cerca de 40 anos depois de sua fundação, a fazenda São Domingos era exemplo de organização agrícola e produção diversificada como milho, arroz, feijão, cana-de-açúcar, algodão, fumo, mamona, chá-da--índia e o café, sua mais importante cultura. Possuía teares, onde eram fabricados tecidos de algodão para os escravos e industrializava a fibra produzida na própria fazenda. Além da sede, engenho e alojamento de escravos, afazenda tinha alambique, tulhas, engenho decana, depósitos, fábrica de farinha, moinhos de fubá, serraria, estábulos, cocheiras e currais. Tinha, ainda, um amplo e variado pomar.
Tombamento Provisório: 30.12.2008