Exemplares da arquitetura rural fluminense vinculada à fase áurea do ciclo do café, essas fazendas compõem um rico acervo de informações da estrutura funcional, das maneiras de viver e produzir e das soluções programáticas materializadas nos complexos construídos, seja nos modelos mais simplificados ou nos requintados representantes desse importante e breve período econômico da história do Vale do Paraíba fluminense.
A Fazenda Ponte Alta constitui um belo exemplar de arquitetura rural do século XIX, com as características autênticas do chamado quadrilátero funcional. As edificações estão implantadas em desnível, permitindo melhor aproveitamento das atividades relacionadas à produção de café. A fazenda constituía-se de casa-sede, capela, senzala e enfermaria dos escravos, tendo ao centro o terreiro de secagem de café e nas extremidades do “quadrilátero”, o engenho de processamento de café e a casa do feitor. A Fazenda Ponte Alta teve como primeiro proprietário José Luiz Gomes, futuro Barão de Mambucaba, então proprietário em Angra dos Reis. Por volta de 1808, o barão ocupou sesmarias nessa região, cujas terras pertenciam à enorme Fazenda de Santa Cruz, tendo fundado a Fazenda Ponte Alta por volta de 1830. Depois de pertencer a outros proprietários, foi adquirida, em 1900, pelo Comendador Modesto Leal e, em 1936, passou à propriedade de sua neta, Dona Isabel Modesto Leal, que construiu no lugar da antiga sede a casa de pedra que hoje encontramos. Dona Isabel foi amiga pessoal de Getúlio Vargas, e a fazenda serviu como local de comemoração dos seus últimos cinco aniversários. A partir da década de 1960 a fazenda passou à propriedade da família Pascoli, pioneira do turismo cultural do Vale do Paraíba.
Tombamento Provisório: 30.12.2008
Tombamento Definitivo:
Localizacão:
- Av.Silas Pereira da Mota (km 19 da RJ-145),Parque Santana - _ - Barra do Piraí