Exemplares da arquitetura rural fluminense vinculada à fase áurea do ciclo do café, essas fazendas compõem um rico acervo de informações da estrutura funcional, das maneiras de viver e produzir e das soluções programáticas materializadas nos complexos construídos, seja nos modelos mais simplificados ou nos requintados representantes desse importante e breve período econômico da históriado Vale do Paraíba fluminense.
Até a última década do século XIX existiam duas fazendas distintas: São Luiz e Boa Sorte. Com a união das duas fazendas, o solar da Boa Sorte passou a ser sede da nova fazenda, restando da Fazenda São Luiz apenas a capela em homenagem ao santo rei da França.
A casa-sede implanta-se sobre platô escalonado, delimitado por muro de arrimo definindo três diferentes níveis - a chegada, através de uma aleia de palmeiras imperiais; o platô onde se assenta a casa, com pavimento sobre porão alto, e um terceiro nível que equivale ao pavimento principal. A perspectiva do renque de palmeiras, tendo ao fundo a escadaria em pedra em dois lances que leva ao platô onde está a casa, resulta numa bela visão do conjunto.
O extenso painel formado por janelas em caixilhos de vidro que toma toda a fachada frontal do pavimento superior e a cobertura que protege a escada externa, assim como a própria escada, que repete a mesma solução da escada que a antecede, são elementos de destaque e valorização do edifício.