Por sua magnitude, o Cais do Valongo pode ser considerado o maior porto de entrada de negros escravizados na América Latina e o lugar mais importante de memória da diáspora africana fora da África. Estimativas apontam que entre 500 mil a 1 milhão de escravizados foram desembarcados no cais.
Desde sua construção, em 1811, ele sofreu sucessivas transformações até ser aterrado em 1911. Em 2011, durante escavações das obras do Porto Maravilha, o local foi revelado e se tornou o maior vestígio material das raízes africanas nas Américas.
Em 2017, o Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO, incluiu o sítio arqueológico Cais do Valongo em sua Lista do Patrimônio Mundial, por seu grande significado para gerações passadas, presentes e futuras no que se refere à história do tráfico atlântico e à escravização de africanos. Recebendo assim o Título de Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO.
O sítio Arqueológico Cais do Valongo está carregado de valores históricos e espirituais. E temos a sua recuperação como um lugar de memória da massa de negros africanos trazidos forçados para o Rio de Janeiro. O Inepac participa ativamente na luta pela preservação dos patrimônios material e imaterial que envolvem o Cais do Valongo e toda a sua história, além da memória da africanidade dessa região.
Tombamento Provisório: 03/12/2018