O coreto, com sua tipologia arquitetônica característica, é um dos traços culturais mais simpáticos no rosto das pequenas cidades do interior fluminense e dos subúrbios cariocas. Simboliza o prazer e os sentimentos populares das mais diversas maneiras: como palanque de campanhas políticas e cerimônias religiosas, como centro do carnaval carioca de subúrbio e espaço para solenidades cívicas, mas sempre, fundamentalmente, como lugar da retreta com sua pequena banda, seus dobrados, valsas, polcas e maxixes. Surgiu na época da adoção do espírito romântico na concepção das praças, jardins e de seus equipamentos urbanos, destacando-se por seu aspecto pitoresco. Deve seus detalhes exóticos, muitas vezes, à importação de elementos fabricados em ferro em países como a Inglaterra, França, Bélgica e Alemanha.
A ampla praça Barão do Rio Branco, ladeada pelo Fórum e pelo antigo solar do barão da Lagoa Dourada, mantém ainda o agradável ambiente de praça de interior, reforçado pela presença do atraente coreto aí construído. O curioso formato de sua cobertura sustentada por elementos estruturais em ferro e a longa escada de acesso vencendo um embasamento de grande altura individualizam este coreto que sobressai no contexto da praça.
Tombamento Provisório: 16.12.1985